sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Cronologia e ansiedade.

Depois de anos sem alimentar o blog, por uma rotina exaustiva de trabalho fora de casa e cuidados com as meninas em casa, aqui estou eu de volta, aproveitando as minhas férias para escrever. 

No post de hoje, pontuarei algumas etapas do desenvolvimento da nossa linda Esther na tentativa de retomar a ordem cronológica dos acontecimentos. 

Após a cirurgia cardíaca, quando Esther iniciou a estimulação precoce e eu de fato pude ver o seu desenvolvimento como detalhado em relatos anteriores, a vida continuou e Esther foi ganhando lentamente aptidões para sua independência pessoal. 

Com certeza, outros fatos importantes serão narrados posteriormente tendo ocorrido no meio de tudo isso. Então, vamos lá...

Nasceu na cidade de Fortaleza em 27 de agosto de 2010 , às 13:05, com 2,850kg, 47cm, Apgar 7/8 e com um defeito no septo átrio-ventricular de forma total (DSAV total com válvula única). 

Realizou cirurgia corretiva no Hospital do Coração de Messejana em Fortaleza. No dia da cirurgia, media 68cm e pesava 4,5kg com 7 meses e 24 dias. Um ano após a cirurgia, Esther estava com 9,450kg e 76cm.

Iniciou a estimulação precoce com 10 meses no NAMI, onde permaneceu por 6 meses. Depois, passou a fazer a estimulação precoce pelo plano de saúde (particular).


Primeiro dente nasceu  com 1 ano e 5 meses. Nasceram em ordens diferentes da esperada para a primeira dentição.  

Sentou aos 10 meses. Engatinhou com 1 ano e 5 meses.


Iniciou a escola com 2 anos e 5 meses, cursando o Infantil I, porém saiu da escola por motivos de saúde, voltando com 3 anos e 4 meses para cursar o Infantil II.



Deu seus primeiros passos com 2 anos, mas só andou mesmo com 3 anos e 7 meses (nesse momento, ainda com andar de robô).


Aprendeu a sugar no canudo com 3 anos e 4 meses, antes disso usava mamadeira.

Aprendeu a beber no copo sozinha depois dos 6 anos.

Falou a primeira frase depois dos 8 anos.

Desfraldou totalmente com 8 anos e meio, passando a dormir sem fralda e acordando para ir ao banheiro de manhã cedo. 

Tenho que citar a minha ansiedade em todo esse processo que ainda acontece. Observo que sempre que insistimos em ensinar algo para Esther, que ela já deveria estar fazendo naturalmente há tempos, fico angustiada. E como resolvo isso? Entrego nas mãos de Deus e CONFIO.  

Não estou falando de ensinar a mesma coisa 10 ou 20 vezes, mas estou falando de passar meses tentando ensinar a mesma coisa, inclusive pedindo a ajuda de todos a volta dela. Daí, quando esqueço de quanta energia depositei na lição, ela aprende! Sim, ela aprende. Mas também esquece eventualmente.


Tenho percebido uma mudança na minha forma de sentir essa ansiedade. Talvez seja a tal maturidade chegando. Vamos continuar...


ATENÇÃO! Vale lembrar que tudo que escrevi acima não é uma regra. Conheci outras crianças portadoras de Síndrome de Down que tiveram outros tempos para cada uma dessas etapas.